domingo, 31 de maio de 2015

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA


Os Surdos usam a mão para se comunicar e assim  esperamos que cada dia mais, essas barreiras que distanciam ouvintes e surdos se tornem pequenas ou nulas.

"Segundo a “Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 24 do decreto nº 3.298/99 e a Lei nº 7.853/89 “a pessoa com deficiência têm direito à educação pública e gratuita e, 
preferencialmente, na rede regular de ensino, e, ainda, se for o caso, à educação adaptada às 
suas necessidades educacionais especiais.” 












Teatro em Libras



Músicas em libras


Muitos devem questionar, musica para surdos.  E questionamos porque não?

O fato de o surdo ter problema auditivo não impede que ele seja igual a outra pessoa. Eles curtem músicas, shows, baladas, danças e videos, enfim tem a vida normal como qualquer  outra pessoa, sentem a vibração da música e se divertem muito.
È uma crença equivocada pensar que a língua de sinais- Libra é uma língua silente, ou seja, que os surdos vivem em mundo mundo de silêncio total. 
E hoje graças a internet, temos vários videos em Libras, tanto de músicas, como teatro entre outras apresentações. que nos mostram essa cultura dos Surdos. 

E nos mostram que possível Surdos e ouvintes se relacionarem de forma natural.






Compartilho com vocês o que achei, espero que gostem !!!!












Hino Nacional em Libras









História da Educação de Surdos no Mundo


 O Surdo na Antiguidade 


Na Antiguidade, a educação dos Surdos variava de acordo com a concepção que se tinha deles. Para os gregos e romanos, em linhas gerais, o Surdo não era considerado humano, pois a fala era resultado do pensamento. Logo, quem não pensava não era humano. Não tinham direito a testamentos, à escolarização e a frequentar os mesmos lugares que os ouvintes. Até o século XII, os Surdos eram privados até mesmo de se casarem. 
Certa vez, Aristóteles afirmou que considerava o ouvido como o órgão mais importante para a educação, o que contribuiu para que o Surdo fosse visto como incapacitado para receber qualquer instrução naquela época. 
Na Idade Média, a  Igreja Católica teve papel fundamental na discriminação no que se refere às pessoas com deficiência, já que para ela o homem foi criado a " imagem e a semelhança de Deus". Portanto, os que não se encaixavam neste padrão eram postos à margem, não sendo considerados humanos. Entretanto, isso incomodava a Igreja, principalmente em relação às famílias abastadas. 
Nesta época, a sociedade era dividida em feudos. Nos castelos, os nobres, para não dividir  suas heranças com outras famílias, acabavam casando-se entre si, o que  gerava grande número de Surdos entre eles. Por não terem uma língua que se fizesse inteligível, os Surdos não iam se confessar, Suas almas passaram a ser consideradas mortais, pois eles não podiam falar dos sacramentos . Foi então que ocorreu a primeira tentativa de educá-los, inicialmente de maneira preceptorial. Os monges que estavam em clausura, e haviam feito o Voto do Silêncio  para não passar os conhecimentos adquiridos pelo contato com os livros sagrados, haviam criado uma linguagem gestual para que não ficassem totalmente incomunicáveis. Esses monges foram convidados pela Igreja Católica a se tornarem preceptores dos Surdos.
A  Igreja Católica tinha grande influência na vida de toda sociedade da época, mas não podia prescindir dos que detinham o poder econômico. Portanto, passou a se preocupar em instruir os Surdos nobres para que o círculo não fosse rompido. Possuindo uma língua, eles poderiam participar dos ritos, dizer aos sacramentos e, consequentemente, manter suas almas imortais. além disso, não perderiam suas posições e poderiam continuar ajudando a Santa Madre Igreja. 





"Citação tirada do Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais(p.19), Editora Cultural. Marcia Honora, Mary Lopes Esteves Frizanco, Revisão técnica: Flaviana Borges da Silveira Saruta (Surda). "






sexta-feira, 15 de maio de 2015

Filme" Seu nome é Jonas"



O Filme “Seu nome é Jonas”, foi lançado em 1979 nos Estados Unidos e aborda as dificuldades que a família e a criança surda enfrentam no dia a dia em meio à falta de informações claras e olhares preconceituosos da sociedade, ainda existentes nos dias de hoje.  Jonas foi diagnosticado como deficiente mental e um tempo depois os médicos mudaram o diagnostico dizendo que o menino possuía uma limitação auditiva. O filme mostra também a forma como a família, a escola e a fonodiologa tratava as crianças surdas, impedindo que as crianças e  seus familiares  utilizassem quaisquer  sinais ou gestos para se comunicarem com as crianças. Alegando que o uso dos sinais dificultaria o desenvolvimento e excluiria a criança surda da sociedade. A partir do momento que a mãe se interessa em conhecer a cultura surda e apresenta a cultura surda a Jonas, ela vê em seu filho outra criança, agora com uma identidade e se comunicando com ouvintes e surdos, contrariando a visão da escola regular e dos médicos. Ainda nos dias de hoje, vemos que a falta de informação sobre a cultura e a língua Brasileira de Sinais, distância ouvintes e surdos, impossibilitando sua melhor inclusão nas escolas e na sociedade.

O alfabeto numeral e letras para Surdos


Os surdos usam a Datilologia para expressar, nomes de pessoas, localidades e outras palavras que não possuem um sinal especifico. A Datilologia é a soletração das palavras. Existem sinais que substituem o uso da datilologia em um dialogo.




Educação Inclusiva para Surdos

Falar em educação inclusiva, quer dizer que a escola comum deve ser para todos, (direito de todos) não podendo haver distinção por qualquer que seja a diferença existente entre uma criança ou outra. E deve partir do principio que as crianças devem aprender e desenvolver juntas, e verificando as necessidades de cada criança. 
A libras não é uma língua exclusiva dos surdos, ouvintes também podem aprender e e assim divulgar a cultura e identidade dos surdos, diminuindo as desigualdades existentes na sociecadade.
A lei regulamentada 10.436 de 24 de abril de 2002, oficializa a Língua Brasileira de Sinais- Libra, como língua materna dos surdos, e como segunda língua para os surdos, a língua Portuguesa. 

Segundo o "Capitulo IV- DO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ACESSO DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃO."
Art 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à formação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior.